One God! One Nation - African pronounciation
O filme "One God! One Nation" (Um Deus! Uma Nação) é um dos filmes mais populares da Nigéria. A indústria cinematográfica desse país (conhecida como Nollywood) é um dos empreendimentos mais surpreendentes e bem-sucedidos da atualidade, uma vez que não segue padrões estéticos e operacionais ocidentais, e se concentra em temáticas relevantes para o contexto nacional, com grande sucesso. Com baixo orçamento e problemas de amadorismo e falta de equipamentos (câmeras, luzes, etc), o cinema da Nigéria (como da África em geral) pode ser considerado uma forma de expressar o pensamento africano atual, suas aspirações, dificuldades e potencialidades e uma reafirmação do orgulho de ser africano. Muitos filmes nollywoodianos abordam temas como conflitos religiosos e morais, diferenças entre mentalidades progressistas e tradicionais, o valor da família e do casamento, e revelam intensas relações de poder que perpassam questões como posses materiais, corrupção e tráfico de armas. Em One God! One Nation, Rosie é de família cristã (católica) e Kadiri é de família muçulmana. Devido a experiências negativas por conta de conflitos religiosos e da tradição dos casamentos arranjados, os pais de Rosie e Kadiri (líderes de suas religiões) os proíbem de se casarem. Os jovens terão, então, de contornar essas diferenças para serem felizes.
Neste trecho, Kadiri diz a Rosie que precisa lhe fazer uma pergunta. Inicia convidando-a a refletir sobre o ato de jogar pedrinhas na água, sobre as ondas que se formam. Em seguida, reafirma seu amor à moça e lhe pede em casamento. Pode-se observar a pronúncia do inglês nigeriano, que é a segunda língua para a maioria dos atores (escolhido como língua do cinema) e também as diferenças e semelhanças entre o pensamento ocidental (americano/europeu) e o africano, como se vê pela forma de expressar o pensamento (delongada, com figuras como a água e a pedra) e símbolos como a genuflexão e o anel de noivado.
One God! One Nation, drama, Nigéria, 2005, 104min.; COR. Direção: Reginald Ebere.
Palavras-chave: África, sociedade, cultura, interculturalidade, romance, proposal.
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