V for Vendetta - Intertextuality

Em uma Inglaterra distópica, onde vigora um regime totalitário, mora Evey. Ela é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado, conhecido apenas pelo codinome V, uma figura extremamente carismática e habilidosa na arte do combate e da destruição. Ao convocar seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, V provoca uma verdadeira revolução. Evey tenta saber mais sobre o passado de V, e termina por descobrir quem é e qual é o seu papel no plano de seu salvador para trazer liberdade e justiça ao país.



Ao som da "Abertura 1812", de Tchaikovsky, V explode a Corte Criminal Central, importante prédio histórico da cidade de Londres, que, no filme, representa o poder do déspota Adam Sutler, que controla um sistema de censura e repressão. Antes do ato, ele recita o verso relacionado ao terrorista Guy Fawkes (1570-1606) - "Remember remember, the fifth of November, the gunpowder treason and plot, I know of no reason why the gunpowder treason should ever be forgot".



Depois disso, Sutler reúne seu conselho para definir providências. Por meio dessa sequência notam-se alguns dos elementos principais da narrativa, e a ligação entre dados históricos verídicos (Guy Fawkes e o próprio prédio da corte) e os elementos ficcionais, podendo-se, ainda, relacionar esse exemplo particular com as técnicas de produção textual. Há também uma semelhança inegável entre a cena de outra obra congênere, "1984", baseada na obra de George Orwell, em que o ditador Big Brother se dirige à população num grande vídeo, demonstrando o poder totalitário sobre a (mesma) Inglaterra.



V for Vendetta, suspense, EUA, 2006, 132min.; COR. Direção: ames McTeigue.



Palavras-chave: música clássica, poder, governo, História, técnicas de escrita, narrativa, intertextualidade, bem, mal.