Muito além do jardim - conotação e denotação
Being There (Muito além do jardim) é a história de Chance, um homem de meia idade que, desde menino, viveu trabalhando em um jardim e vivendo de favor da casa de um homem abastado. Quando o dono da casa falece, Chance, cujo conhecimento do mundo se limita ao que ele vê na televisão, se vê obrigado a deixar a casa. A partir daí sucedem-se inúmeras situações de dubiedade, visto que ninguém entende como funciona sua mente, e vice-versa. Com isso, os sentidos do que Chance diz são construídos conforme a compreensão dos interlocutores, de modo que toda uma realidade paralela surge, e vai conduzindo o protagonista para um destino antes impensável.
Nesta cena, Ben e Chance (agora conhecido como Chauncey Gardener) se encontram com o presidente dos Estados Unidos. Chance fala sobre jardins e estações, mas Ben e o presidente interpretam que ele está dando conselhos sobre economia. Nessa cena, pode-se perceber o uso da linguagem denotativa e conotativa para a transmissão/processamento/criação da informação. Observa-se, também, o uso da linguagem formal em contraste com o vocabulário simples, bem como as estratégias que as personagens adotam para se fazer entender, para testar o nível de entendimento ou para compreender o outro.
Being There, comédia-drama, EUA, 1979, 130min.; COR. Direção: Hal Ashby.
Palavras-chave: interpretação, conversa, política, denotação, alteridade, conotação, seasons, flores, plantas.
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