LEM
07/05/2019
Estudantes estrangeiros matriculados na rede estadual
Atualmente, mais de 4 mil estudantes estrangeiros migrantes, refugiados ou apátridas, de 76 nacionalidades, estão matriculados na rede estadual de ensino do Paraná. Esse número engloba alunos matriculados no ensino regular, na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no Curso de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), por meio do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
Todo migrante que vem ao Brasil, em suas diferentes condições, tem direito à escolarização e ao acesso à educação básica. No processo de adaptação em um novo país, o desafio imposto pela língua se destaca. Por isso, para facilitar a adaptação e a compreensão dos novos alunos, o Paraná também oferece cursos de Língua Portuguesa para não falantes da língua.
“O domínio do idioma é importantíssimo para a integração dessa população na sociedade brasileira pois, quanto melhor se comunicar em português, maior a facilidade para usufruir das oportunidades, não só do mercado de trabalho, como para vivenciar a rotina na cultura, transporte, saúde”, explicou Joice Barbaresco, representante da secretaria no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná.
DE DAMASCO PARA CURITIBA, EM PORTUGUÊS – Em 2015, a família dos primos Eili Al Housh, 12 anos, e Daniel Al Saad, 11 anos, deixaram a cidade de Damasco, na Síria, fugindo da guerra civil, e vieram ao Brasil em busca de um recomeço. Eles escolheram o Paraná por recomendação de conterrâneos que vivem aqui. Hoje, já adaptados, reconhecem que o acolhimento com que foram recebidos no Colégio Estadual Júlia Wanderley foi fundamental para superar a barreira da comunicação.
“No início eu era quieto, ficava sozinho porque não falava o idioma, mas com o tempo fui aprendendo, os professores foram pacientes e explicaram bem devagar até que eu aprendi”, disse, num português que não fica devendo nada aos falantes nativos.
“Minha principal dificuldade no início foi entender o que as pessoas diziam porque o brasileiro fala muito rápido, mas as professoras foram atenciosas e eu consegui aprender rápido. Aqui é uma escola muito boa, é onde estão meus amigos agora”, contou Daniel.
DO MUNDO PARA O PARANÁ – Além de alunos que migraram para o Paraná em busca de uma nova vida, o Júlia Wanderley também recebe estudantes intercambistas da Holanda, Alemanha, Itália e Estados Unidos, entre outros países, que vêm ao Paraná para aprender português. Segundo a diretora auxiliar do Júlia Wanderley, Valéria Meller Pereira da Silva, o intercâmbio proporciona uma grande troca cultural e de conhecimentos entre os estudantes brasileiros e os estrangeiros.
“Eles contam um pouco da cultura do seu país e aprendem a nossa, também ajudam os colegas com assuntos que já viram em suas escolas e essa experiência enriquece não apenas o vocabulário de quem está aprendendo um novo idioma, mas também abre um leque de possibilidades para os alunos que passam a ver o mundo de outra maneira. Já os professores absorvem um pouco de como é a educação nesses países”, contou.
DIREITO À ESCOLARIZAÇÃO – O acesso pleno à educação em todos os níveis e modalidades de ensino é garantido aos estudantes estrangeiros de acordo com a deliberação n°09/01 do Plano Estadual de Educação.
O aluno migrante que chega ao Paraná sem nenhum documento que comprove sua escolaridade, mas quer estudar, tem três maneiras de ingressar no ensino regular: Classificação; Matricula na série compatível com a idade e Equivalência e a Revalidação de Estudos Incompletos.
O primeiro passo é verificar o nível de conhecimento da Língua Portuguesa por meio de uma prova de classificação. Se o aluno comprovar que consegue se expressar e se comunicar em português, ele é encaminhado para o ano ou série referente à etapa de ensino condizente ao conhecimento que ele apresentar na prova.
Se o estudante não fala suficientemente o português, então é matriculado em série compatível com a sua idade e, junto com a matrícula da escola, pode fazer também o curso Português para Falantes de Outras Línguas (Pfol), oferecido pelo CELEM. O curso, aliás, é aberto à comunidade e pode ser feito por toda a família.
“Já se for o caso de o aluno trazer um certificado do país de origem, a escola faz uma análise do certificado para verificar qual a equivalência do aluno, ou seja, o que ele já aprendeu e o que equivale ao sistema de ensino brasileiro”, explicou a coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da secretaria, Marcia Dudeque.
Todo migrante que vem ao Brasil, em suas diferentes condições, tem direito à escolarização e ao acesso à educação básica. No processo de adaptação em um novo país, o desafio imposto pela língua se destaca. Por isso, para facilitar a adaptação e a compreensão dos novos alunos, o Paraná também oferece cursos de Língua Portuguesa para não falantes da língua.
“O domínio do idioma é importantíssimo para a integração dessa população na sociedade brasileira pois, quanto melhor se comunicar em português, maior a facilidade para usufruir das oportunidades, não só do mercado de trabalho, como para vivenciar a rotina na cultura, transporte, saúde”, explicou Joice Barbaresco, representante da secretaria no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas do Paraná.
DE DAMASCO PARA CURITIBA, EM PORTUGUÊS – Em 2015, a família dos primos Eili Al Housh, 12 anos, e Daniel Al Saad, 11 anos, deixaram a cidade de Damasco, na Síria, fugindo da guerra civil, e vieram ao Brasil em busca de um recomeço. Eles escolheram o Paraná por recomendação de conterrâneos que vivem aqui. Hoje, já adaptados, reconhecem que o acolhimento com que foram recebidos no Colégio Estadual Júlia Wanderley foi fundamental para superar a barreira da comunicação.
“No início eu era quieto, ficava sozinho porque não falava o idioma, mas com o tempo fui aprendendo, os professores foram pacientes e explicaram bem devagar até que eu aprendi”, disse, num português que não fica devendo nada aos falantes nativos.
“Minha principal dificuldade no início foi entender o que as pessoas diziam porque o brasileiro fala muito rápido, mas as professoras foram atenciosas e eu consegui aprender rápido. Aqui é uma escola muito boa, é onde estão meus amigos agora”, contou Daniel.
DO MUNDO PARA O PARANÁ – Além de alunos que migraram para o Paraná em busca de uma nova vida, o Júlia Wanderley também recebe estudantes intercambistas da Holanda, Alemanha, Itália e Estados Unidos, entre outros países, que vêm ao Paraná para aprender português. Segundo a diretora auxiliar do Júlia Wanderley, Valéria Meller Pereira da Silva, o intercâmbio proporciona uma grande troca cultural e de conhecimentos entre os estudantes brasileiros e os estrangeiros.
“Eles contam um pouco da cultura do seu país e aprendem a nossa, também ajudam os colegas com assuntos que já viram em suas escolas e essa experiência enriquece não apenas o vocabulário de quem está aprendendo um novo idioma, mas também abre um leque de possibilidades para os alunos que passam a ver o mundo de outra maneira. Já os professores absorvem um pouco de como é a educação nesses países”, contou.
DIREITO À ESCOLARIZAÇÃO – O acesso pleno à educação em todos os níveis e modalidades de ensino é garantido aos estudantes estrangeiros de acordo com a deliberação n°09/01 do Plano Estadual de Educação.
O aluno migrante que chega ao Paraná sem nenhum documento que comprove sua escolaridade, mas quer estudar, tem três maneiras de ingressar no ensino regular: Classificação; Matricula na série compatível com a idade e Equivalência e a Revalidação de Estudos Incompletos.
O primeiro passo é verificar o nível de conhecimento da Língua Portuguesa por meio de uma prova de classificação. Se o aluno comprovar que consegue se expressar e se comunicar em português, ele é encaminhado para o ano ou série referente à etapa de ensino condizente ao conhecimento que ele apresentar na prova.
Se o estudante não fala suficientemente o português, então é matriculado em série compatível com a sua idade e, junto com a matrícula da escola, pode fazer também o curso Português para Falantes de Outras Línguas (Pfol), oferecido pelo CELEM. O curso, aliás, é aberto à comunidade e pode ser feito por toda a família.
“Já se for o caso de o aluno trazer um certificado do país de origem, a escola faz uma análise do certificado para verificar qual a equivalência do aluno, ou seja, o que ele já aprendeu e o que equivale ao sistema de ensino brasileiro”, explicou a coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da secretaria, Marcia Dudeque.
Esta notícia foi publicada no site http://www.educacao.pr.gov.br/ em 07/04/2019. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade dos autores.