Hamlet
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Informações gerais
A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, foi escrita por William Shakespeare, numa data não confirmada entre 1600 e 1602. Uma primeira versão da história teria sido escrita entre 1587 e 1589, mas o registro desse texto se perdeu. A versão da tragédia que conhecemos foi terminada entre 1600 e 1602 e publicada pela primeira vez em 1603. Hamlet é a peça mais longa de Shakespeare.
A peça conta o sofrimento de Hamlet ao descobrir que o tio matou seu pai e se casou com a mãe para obter o trono da Dinamarca, ameaçado pelo reino da Noruega. Nela estão alguns dos diálogos e frases mais célebres de Shakespeare como: "Ser ou não ser, eis a questão", "Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a sua filosofia", "Há algo de podre no Reino da Dinamarca" e "O resto é silêncio".
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Sinopse
O protagonista de Hamlet é o Príncipe Hamlet de Dinamarca, filho do recentemente morto Rei Hamlet e sobrinho do Rei Cláudio, irmão e sucessor de seu pai. Após a morte do Rei Hamlet, Cláudio casa-se apressadamente com a então viúva Gertrudes, mãe do príncipe. Num plano de fundo, a Dinamarca está em disputa com a vizinha Noruega, e existe a expectativa de uma suposta invasão liderada pelo príncipe norueguês Fortinbras.
A peça abre numa noite fria do Castelo de Elsinore, o Castelo Roial Dinamarquês. Os sentinelas tentam convencer Horácio, amigo do Príncipe Hamlet, que eles têm visto o fantasma do rei morto, quando ele aparece novamente. Depois do encontro de Horácio com o Fantasma, Hamlet resolve vê-lo com seus próprios olhos. À noite, o Fantasma aparece para Hamlet. O espectro diz a Hamlet que é o espírito de seu pai morto, e revela que Cláudio o matou com um frasco venenoso, despejando o líquido em seus ouvidos. O Fantasma pede que Hamlet vingue sua morte; Hamlet concorda, com pena do espectro, decidindo fingir-se de louco para não levantar suspeitas. Ele, contudo, duvida da personalidade do fantasma. Ocupados com os assuntos do estado, Cláudio e Gertrudes tentam evitar a invasão de Fórtinbras. Um tanto preocupados com o comportamento solitário e errático de Hamlet, acrescido de seu luto profundo diante da morte do pai, eles convidam dois amigos do príncipe - Rosencrantz e Guildenstern - para descobrirem a causa da mudança de comportamento de Hamlet. Hamlet recebe os companheiros calorosamente, todavia logo discerne que eles estão contra ele.
Polônio é o conselheiro-chefe de Cláudio; seu filho, Lartes, está indo de viagem à França, enquanto sua irmã, Ofélia, é cortejada por Hamlet. Nem Polônio e nem Lartes acreditam que Hamlet nutra desejos sinceros com Ofélia, e ambos alertam-na para esquecê-lo. Pouco depois, Ofélia fica alarmada pelo comportamento estranho de Hamlet e confessa ao pai que o príncipe irá ter com ela num dos aposentos do castelo, mas olha fixamente para ela e nada se diz. Polônio assume que o "êxtase do amor" é o responsável pela loucura de Hamlet, e informa isso a Cláudio e Gertrude. Mais tarde, Hamlet discute com Ofélia e insiste para que ela vá "a um convento".
Hamlet continua sem saber se o espírito lhe contou a verdade, mas a chegada de uma trupe artística em Elsinore apresenta-se como uma solução para a dúvida. Ele vai montar uma peça, encenando o assassinato do pai - assim como o espectro lhe relatou - e determinar, com a ajuda de Horácio, a culpa ou a inocência de Cláudio estudando sua reação. Toda a corte é convocada para assistir ao espetáculo; Hamlet fornece comentários durante toda a encenação. Quando a cena do assassinato é realizada, Cláudio, "muito pálido, ergue-se cambaleante", ato que Hamlet interpreta como prova de sua culpabilidade. O rei, temendo por sua vida, bane Hamlet da Inglaterra em um pretexto, vigiado por Rosencrantz e Guildenstern, com uma carta que manda o portador ser assassinado.
Gertrudes, "em grandíssima aflição de espírito", chama o filho em sua câmara e pede uma explicação sensata sobre a conduta que resultou no mal-estar do rei. Durante o caminho, Hamlet encontra-se com Cláudio rezando, distraído. Hamlet hesita em matá-lo, pois raciocina que enviaria o rei ao céu, por ele estar orando. No quarto da rainha, têm um debate fervoroso. Polônio, que espia tudo atrás da tapeçaria, faz um barulho; Hamlet, acreditando ser Cláudio, dá uma estocada através do arrás e descobre Polônio morto. O Fantasma aparece, dizendo que Hamlet deve acolher sua mãe suavemente, embora volte a pedir vingança.
Demente em luto pela morte do pai, Ofélia caminha por Elsinore cantando libertinagens. Lartes retorna da França enfurecido pela morte do pai e melancólico pela loucura da irmã. Cláudio convence Laertes que Hamlet é o único responsável pelo acontecido; e é então que chega a notícia de que o príncipe voltou à Dinamarca porque seu barco foi atacado por piratas no caminho da Inglaterra. Rapidamente Cláudio propõe a Lartes uma luta de espadas entre ele e Hamlet onde o primeiro dos dois utilizará uma espada envenenada, sendo que na ocasião será oferecido ao príncipe uma taça de vinho com veneno, se o "plano A" falhar. Até que Gertrudes interrompe a conversa dizendo que Ofélia afogou-se.
Vemos depois dois rústicos discutindo o aparente suicídio de Ofélia num cemitério, preparando-se para cavar sua sepultura. Hamlet aparece com Horácio e se aproxima de um dos rústicos, que depois segura um crânio que conta ser de Yorick, um bobo da corte que Hamlet conheceu na infância. Quando o cortejo fúnebre de Ofélia aparece liderado por Laertes e Hamlet descobre que o rústico cavava a sepultura da moça, ele e Laertes se atracam dizendo amar Ofélia, mas o conflito é separado pelos demais.
No regresso a Elsinore, Hamlet conta a Horácio como escapou do destino mortal que foi entregue a Rosencrantz e Guildenstern. Interrompendo a conversa, Orisco aparece para convidar o príncipe a um combate de armas brancas proposto pelo rei. Quando o exército de Fortinbras cerca Elsinore, a competição começa e ambos os cavalheiros tomam posição. O rei, como planejou anteriormente, separa a taça envenenada e deposita dentro do líquido uma pérola, oferecendo-a a Hamlet, que deixa a bebida para depois. Hamlet vence o primeiro e o segundo assalto, e a rainha toma a taça envenenada, "bebendo a sua sorte".
Enquanto a mãe enxuga a face do filho, Laertes decide ferir-lhe com a arma envenenada. Hamlet, usando sua força, atraca-se com o inimigo e, no corpo a corpo, trocam suas espadas. Ele penetra profundamente em Lartes o item envenenado. A rainha confessa que morre por conta do veneno, enquanto Lartes revela que o rei é o culpado de toda a infâmia. A rainha morre envenenada.
Hamlet fere o rei com a espada envenenada, mas ele diz estar apenas machucado. Furioso, o sobrinho obriga Cláudio a beber a taça com veneno à força, e o mata, vingando a morta de seu pai. Laertes, morrendo aos poucos, despede-se de Hamlet, ambos perdoam-se. Quando é a vez de Hamlet, Horácio diz que será fiel ao príncipe morrendo junto com ele, mas o primeiro não permite, tombando para trás e dizendo que a eleição cairá certamente em Fortinbras. Hamlet morre, dizendo "O resto é silêncio." Fortinbras invade o castelo com seu exército e ordena que "quatro capitães conduzam Hamlet como um soldado, para o cadafalso". Os soldados carregam o corpo do príncipe; soa a marcha fúnebre, e depois uma salva de canhões.
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Cinema
Há várias adaptações da peça para o cinema. A mais importante, porém, continua a ser a dirigida por Laurence Olivier em 1948. Há também uma versão de Kenneth Branagh, de 1996 e uma em ambiente mais moderno, dirigida por Michael Almereyda, de 2000.
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Fonte 1
Fonte 2
Fonte 3
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