O funk como gênero textual: história e influências - 3ª Aula
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Terceiro olhar: exposição e reflexão
Apresentação dos alunos, como organizado na aula anterior.
Depois da apresentação dos alunos, proceder uma breve exposição de informações centrais, com destaque para os fatos abaixo, relacionados ao funk brasileiro.
Obs.: O foco da sequência é a língua inglesa; por isso não se deter por muito tempo nos aspectos históricos, que já foram suficientemente trabalhados pelos alunos, na pesquisa feita.
O funk brasileiro:
a) é uma forma regional do “Miami bass”, que se popularizou nos anos 1980;
b) popularizou-se nos bailes da periferia carioca, com grande informalidade e improviso;
c) ganhou relevância através da atuação dos DJs (DJ Marlboro, por exemplo) e das equipes de mixagem (Furacão 2000, por exemplo), que na época promoviam eventos de dança e música em comunidades fluminenses e periferia.
Exemplificar como era o funk brasileiro na origem, mostrando o vídeo “Furacão 2000 relíquia”.
Atividade suplementar 1 (em sala de aula)
Dependendo do ritmo do grupo e do tempo disponível, o professor pode conduzir esta atividade suplementar.
Mostrar ao grupo o áudio “Mulher do cara” (MC Pocahontas).
Perguntar aos alunos: “E hoje, como é o funk brasileiro? O que mudou?”
Explorar as seguintes informações relacionadas:
- Há muitos artistas dedicados a esse gênero musical, tais como: MC Catra, as “mulheres-fruta”, “MC Beyonce”;
- Não existe um único estilo de funk brasileiro, todavia o funk carioca é normalmente uma referência;
- As temáticas dos funks variam sobremaneira, desde temáticas românticas até apologia a comportamentos legalmente inadequados;
- A mídia exerce um papel importante na divulgação dos artistas. Quanto mais recursos disponíveis, mais conhecidos se tornam.
- Muitas vezes a apreciação ao funk é discriminada e associada a fatores como baixa escolaridade e pouca cultura. Como se pode depreender, por exemplo, dos vídeos abaixo:
Observar que, mesmo fora do eixo Rio-São Paulo, existem artistas que se destacam em sua região. Citar a “MC Mayara” (paranaense).
Atividade suplementar 2 (em laboratório)
Explorar os seguintes vídeos:
Bonde das Impostora - Curitiba Funk City. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=oW35f0lROUU. Acesso em: 24/6/2013.
Observações:
a) Este vídeo é uma sátira, feita por um grupo de jovens curitibanos, acerca do sotaque e dos hábitos e dia a dia das pessoas que vivem na capital paranaense;
b) O vídeo usa uma base semelhante à do funk, mas de maneira livre e criativa, demonstrando que há liberdade dentro dessa expressão musical.
Comédia MTV - Gaiola das Cabeçudas. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=kcHHQ2RV4nQ&NR=1&feature=endscreen. Acesso em: 24/6/2013.
Observações:
a) Este vídeo satiriza o funk, reputado (com certa frequência) como de baixa qualidade cultural, e utiliza visual e entonação comuns nesse gênero musical para cantar uma composição que contraria o comum;
b) A música cita nomes da música (Vivaldi), teatro (Ionescu), cinema (Godart), ciências (Einstein) e muitos outros.
Gaiola das Cabeçudas Parte 2. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0XifYy3Ihv0. Acesso em: 24/6/2013.
Observações:
a) Na mesma linha do vídeo anterior, este vídeo satiriza o funk porém utilizando uma letra intelectualizada, contrariando o senso comum com relação a este gênero musical;
b) Nomes e elementos citados: Foucault, Sivuca, genética (genes recessivos e dominantes – Aa); Maurice Béjart, Jean Laurent; poética (rimas ricas, decassílabos); Fernando Pessoa; Harold Bloom e outros;
c) Este vídeo explora mais a sensualidade, fazendo um contraste entre o que se diz na letra e o visual dos cantores (travestidos).
Comédia MTV - Rafael Queiroga - Realidade. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=79j5YDYbYQ0. Acesso em: 24/6/2013.
Observações:
a) Este vídeo tem caráter metalinguístico, uma vez que é uma música que fala sobre o processo de fazer música;
b) O vídeo procura mostrar a realidade do eu lírico do rap de maneira jocosa, uma vez que ele evidencia seu distanciamento da realidade da periferia, locus comum da produção do RAP e do hip-hop;
c) A letra da canção problematiza também a apropriação feita por alguns rappers de uma realidade estigmatizada, amorfa, uma vez que nem todos os cidadãos da periferia vivem e pensam da mesma maneira;
d) A canção também faz um contraste entre o rap brasileiro e o estadunidense, mostrando que muitas vezes a música que a princípio fala sobre a realidade, muitas vezes mostra algo irreal (como é o caso do cantor Fifty Cents, citado).
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